ATA DA TRIGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 07.05.1999.

 


Aos sete dias do mês de maio do ano de mil novecentos e noventa e nove reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas foi efetuada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Antônio Losada, Carlos Alberto Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Guilherme Barbosa, João Carlos Nedel, João Dib, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Maristela Maffei e Tereza Franco. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Cyro Martini, Décio Schauren, Eliseu Sabino, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Helena Bonumá, Hélio Corbellini, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, João Motta, José Valdir, Luiz Braz, Nereu D’Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sônia Santos, Sonia Saraí e Gilberto Batista. Constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias da Ata da Vigésima Nona Sessão Ordinária e da Nona Sessão Solene, que, juntamente com as Atas das Vigésima Sétima e Vigésima Oitava Sessões Ordinárias, deixaram de ser votadas face à inexistência de "quorum" deliberativo. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador Carlos Alberto Garcia, 04 Pedidos de Providências e o Pedido de Informações nº 68/99 (Processo nº 1469/99); pelo Vereador Cláudio Sebenelo, o Pedido de Informações nº 69/99 (Processo nº 1475/99); pelo Vereador Isaac Ainhorn, o Projeto de Lei do Legislativo nº 40/99 (Processo nº 1386/99); pelo Vereador João Carlos Nedel, 08 Pedidos de Providências; pelo Vereador João Dib, o Pedido de Informações nº 67/99 (Processo nº 1467/99); pelo Vereador Luiz Braz, o Projeto de Lei do Legislativo nº 42/99 (Processo nº 1422/99). Ainda, foi apregoada a Emenda nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 23/97 (Processo nº 688/97), de autoria do Vereador João Dib. Também, foi apregoado o Ofício nº 227/99, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, comunicando sua ausência do Município no dia sete de maio do corrente, a partir das dez horas e trinta minutos, face viagem a Caxias do Sul/RS, para encontro com o Senhor Francisco Weffort, Ministro da Cultura desse Município. Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios nºs 213, 214, 215 e 216/99, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre. Em continuidade, o Senhor Presidente registrou a realização, ontem à noite, de torneio de futebol entre Funcionários e Vereadores desta Câmara Municipal, com a vitória do time dos Senhores Vereadores, por três a zero e sete a três. A seguir, o Vereador João Carlos Nedel, registrou o transcurso, ontem, do Dia do Taquígrafo, cumprimentando os taquígrafos integrantes do quadro funcional da Casa. Às nove horas e doze minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às nove horas e treze minutos, constatada a existência de “quorum”. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, à Senhora Nazaret da Silveira Nunes, Presidenta do Clube de Mães Unidos da Ilha Grande dos Marinheiros, que discorreu sobre saque de ranchos ocorrido na sede do clube que preside, relatando as dificuldades enfrentadas pela comunidade da Ilha Grande dos Marinheiros e os esforços empreendidos na busca da assistência às famílias carentes da região. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença das Senhoras Ione Fleck, Angélica Mirinha, Fátima e Angelina Toledo. Às nove horas e vinte minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às nove horas e vinte e um minutos, constatada a existência de “quorum”. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Pedro Américo Leal relatou visita feita ontem ao canteiro de obras da Avenida Assis Brasil, comentando o cronograma divulgado pelo Executivo Municipal para o andamento das referidas obras e salientando os problemas ali observados, como falta de funcionários e morosidade dos trabalhos. O Vereador Carlos Alberto Garcia examinou questões referentes ao aumento verificado em mensalidades escolares, em função da retirada do caráter de filantropia de instituições de ensino e saúde no Brasil, alertando que ocorrerão abandonos de cursos e saída de alunos de escolas particulares com o ingresso dos mesmos em escolas públicas. Na ocasião, o Senhor Presidente apregoou o Requerimento de autoria do Vereador Luiz Braz, solicitando renovação de votação para o Requerimento nº 108/99 (Processo nº 1505/99). Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 21/97, os Projetos de Lei do Legislativo nºs 35 e 38/99, este discutido pelos Vereadores Cláudio Sebenelo, Guilherme Barbosa, João Dib e Adeli Sell, o Projeto de Lei do Executivo nº 05/99, este discutido pelos Vereadores Guilherme Barbosa, João Dib e Maristela Maffei, os Projetos de Resolução nºs 19 e 21/99; em 2ª Sessão, o Projeto de Resolução nº 16/99; em 3ª Sessão, o Projeto de Resolução nº 17/99, este discutido pela Vereadora Maristela Maffei. Na oportunidade, o Vereador Gilberto Batista manifestou-se quanto ao torneio de futebol ontem realizado, entre Funcionários e Vereadores deste Legislativo. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Elói Guimarães criticou entrevista concedida pela Deputada Estadual Luciana Genro ao jornal Correio do Povo, quando essa Deputada teria desmerecido a participação do PDT no Governo Estadual, e solicitou da direção do PDT providências quanto ao assunto, a fim de que haja reparação no referente às declarações mencionadas. O Vereador Cláudio Sebenelo manifestou-se a respeito de problemas verificados no Aterro Sanitário de Extrema, no Bairro Lami, denunciando haver despejo diário de cinqüenta toneladas de detritos no local, inclusive lixo hospitalar e industrial, com a conseqüente devastação da mata nativa e contaminação do lençol freático. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença do Deputado Estadual Vieira da Cunha. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Eliseu Sabino criticou ter sido citado em reportagem divulgada ontem pela Rede Brasil Sul de Comunicações, onde aparece como envolvido em irregularidades na concessão de auxílios-creche por este Legislativo, rebatendo afirmações contidas nessa reportagem e afirmando que esse fato atinge, também, seu Partido e a Câmara como um todo. O Vereador Guilherme Barbosa referiu-se ao pronunciamento efetuado pelo Vereador Elói Guimarães, atestando a importância da atuação política conjunta a ser realizada entre o PT e o PDT. Também, manifestou-se acerca do Seminário Construção de Alianças no Combate à Pobreza, Potencialidades e Perspectivas no Brasil, promovido pelo Banco Mundial e pela Fundação Getúlio Vargas, onde foi salientado o valor de iniciativas como a criação da Instituição Comunitária de Crédito Porto do Sol e do Projeto Pescar. O Vereador Gilberto Batista parabenizou a Escola de Samba Bambas da Orgia pelo transcurso de seus cinqüenta e seis anos de fundação, e, também, as mães porto-alegrenses, pela passagem do Dia das Mães. Ainda, questionou os motivos da troca de horário de atendimento da CEASA - Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul S. A., salientando os prejuízos que tal fato acarreta à comunidade usuária. A Vereadora Clênia Maranhão pronunciou-se relativamente a temas abordados hoje pelos Senhores Vereadores, destacando contradições relatadas nas políticas dos Governos Estadual e Municipal, principalmente quanto à política educacional, à troca de horário da CEASA, às obras da Avenida Assis Brasil e às negociações para instalação de montadoras de veículos das Empresas Ford e General Motors. A seguir, constatada a existência de "quorum", foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal do Vereador João Carlos Nedel, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Executivo nºs 13 e 14/97. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projetos de Lei do Legislativo nº 147/98. Após, foi apregoado Requerimento do Vereador João Dib, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando votação em destaque da expressão “Luiz”, constante da Ementa e do artigo 1º do Projeto de Lei do Legislativo nº 169/98 (Processo nº 3300/98). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 169/98, com ressalva do destaque a ele aposto. Após, foi votada destacadamente e rejeitada a expressão “Luiz”, constante da Ementa e do artigo 1º deste Projeto. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projetos de Lei do Legislativo nº 172/98. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 175/98 e a Emenda nº 01 a ele aposta. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Executivo nº 46/98, os Projetos de Lei do Legislativo nºs 01 e 02/99 e os Projetos de Resolução nºs 53/98, 07 e 09/99. Após, foram apregoadas as Emendas nºs 16, 17 e 18, de autoria dos Vereadores Isaac Ainhorn, Hélio Corbellini e Renato Guimarães, respectivamente, subscritas por todas as lideranças da Casa, apostas ao Projeto de Resolução 32/97. Em Discussão Geral e Votação, foi apregoado o Projeto de Resolução nº 32/97, discutido pelos Vereadores Pedro Américo Leal, Luiz Braz, Elói Guimarães, Guilherme Barbosa, Juarez Pinheiro, Cyro Martini, Cláudio Sebenelo e Reginaldo Pujol. Na oportunidade, foi votado Requerimento do Vereador Elói Guimarães, solicitando adiamento da discussão deste Projeto por uma Sessão, o qual recebeu doze votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Cláudio Sebenelo, Elói Guimarães, Guilherme Barbosa, Hélio Corbellini, Isaac Ainhorn, João Dib, José Valdir, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Sônia Santos e Gilberto Batista, votação esta considerada nula pelo Senhor Presidente, face à inexistência de “quorum” deliberativo. Às doze horas e nove minutos, face a inexistência de "quorum", o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Nereu D'Ávila, Juarez Pinheiro, Paulo Brum e Adeli Sell e secretariados pelos Vereadores Adeli Sell e Isaac Ainhorn. Do que eu, Adeli Sell, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Juarez Pinheiro): Quero comunicar ao Plenário que, apesar da defecção do Vereador Cláudio Sebenelo, por problemas de saúde, houve um torneio de futebol entre funcionários e Vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre, tendo-se sagrado campeão o time dos Vereadores com os resultados de 3 X 0 e 7 X 3. Esperamos que o Vereador Sebenelo se recupere para a próxima semana.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: A Bancada do Partido Progressista Brasileiro registra que, ontem, 06 de maio, foi o Dia do Taquígrafo. Nós apresentamos os nossos cumprimentos aos queridos taquígrafos desta Casa. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE: Ver. João Carlos Nedel, a homenagem de V. Exa. não é apenas em nome da Bancada do PPB, mas, com certeza, em nome de todas as Bancadas com assento nesta Casa, Casa que tem esse serviço como um serviço de referência para todos os parlamentos deste País.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 9h12min.)

 

O SR. PRESIDENTE (às 9h13min): Estão reabertos os trabalhos. Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

A Sra. Nazaret da Silveira Nunes, representando a o Clube de Mães Unidos da Ilha Grande dos Marinheiros, pelo tempo de 10 minutos.

 

A SRA. NAZARET DA SILVEIRA NUNES: Bom dia! Eu sou Presidente do Clube de Mães da Ilha Grande dos Marinheiros e estou aqui para fazer uma reclamação. O nosso Clube de Mães é muito organizado. As mães que não trabalham fora realizam outras atividades, tais como trabalhos manuais, pães, etc. Saímos a procura de doações de materiais para ajudar àquelas mães que fazem esses trabalhos. Recebemos uma doação de alimentos, do Colégio Bom Conselho e, para atender a um maior número de pessoas, cheguei a separar cento e trinta sacolas com alimentos. Aí, apareceu uma senhora chamada Amália e falou àquelas mães que não trabalham, assim como para alguns adolescentes, que saqueassem o Clube de Mães. E eu não disse que não ia dividir entre eles as doações, inclusive quando vi o movimento eu dividi a doação em centro e trinta e seis sacolas para distribuir entre as mães. Eles destruíram os alimentos e o repórter da Rádio Farroupilha agrediu com palavras uma mãe. E esse repórter ajudou no saque, estourando a porta do Clube de Mães.

É mentira que na Ilha tem pessoas morrendo de fome. O que tem sim são famílias necessitadas, famílias que precisam de ajuda, mas não como eles disseram que têm famílias morrendo de fome. Nós temos um grupo de entidades que de quinze em quinze dias se reúne para tentar resolver a questão. E temos uma outra entidade, no momento não lembro o nome, que ajuda a Ilha, dá almoço para as crianças carentes. Temos um albergue. Temos somente 40 bolsas de ajuda para oitenta e poucas famílias inscritas, assim mesmo as meninas atendem maravilhosamente as pessoas. Temos muitas famílias carentes, mas não estão passando fome como foi colocado no jornal Zero Hora de hoje. Trabalho há 32 anos na comunidade, nunca fui agredida por ninguém, sempre fui respeitada como sempre respeitei os outros. Hoje, os adolescentes passam por mim e perguntam onde está o rancho. Isso tudo foi provocado pela Sra. Amélia. Esta senhora entrou na Ilha dizendo que foi ela que levou o rancho. Não foi ela, foi a atuação particular. As Irmãs têm nota das compras feitas por particulares.

Essa é a reclamação que eu vim fazer. O Clube de Mães trabalha, se temos um casebre de papelão com uma cerca em volta, deve existir respeito, o que dirá uma entidade registrada como a nossa. Sempre trabalhamos unidos, nunca houve esse problema. Apareceu um repórter, pela manhã, ameaçando, dizendo que ele era um repórter policial. A única coisa que eu respondi foi que eu não tinha medo, porque eu nunca peguei uma agulha de ninguém. Sempre trabalhei dentro da comunidade, sempre tirei de mim para dar para as pessoas e sou pobre igual aos outros. Eu tenho vergonha dos meus vizinhos da Ilha, porque não é verdade o que eles disseram sobre as crianças que tomavam água doce do rio. Eles são pobres, não tomam água do rio porque as mães ganham assistência, ganham ajuda e uma bolsa da assistência social. O que está sendo publicado nos jornais com relação a essa questão é uma mentira. Peço a ajuda das Sras e Srs. Vereadores, porque eu penso que em uma entidade deve existir respeito. Se deixarmos que essa senhora continue fazendo o que fez conosco, ela fará o mesmo em outras vilas, onde há pessoas que não sabem se defender. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Convidamos a Sra. Nazaret da Silveira para sentar à Mesa Diretora dos trabalhos.

Estão acompanhando a Sra. Nazaret da Silveira, as Senhoras Ione Feck, Angélica C. Mirinha, Angelina Toledo e Fátima.

Algum Líder de Bancada deseja se manifestar a respeito do tema colocado na Tribuna Popular? Vamos suspender a Sessão por breves instantes para que as Lideranças, querendo, possam despedir-se da Sra. Nazaret da Silveira, e com ela entrar em conversação, ampliando ou questionando o que foi colocado da Tribuna Popular.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 9h20min.)

 

O SR. PRESIDENTE(às 9h21min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra para uma Comunicação de Líder. Esse tempo foi cedido pelo Ver. João Dib.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, comumente desloco-me para o Centro da Cidade para ver os meus dois filhos, que na verdade são: a Companhia da Brigada Militar que se localiza na Praça Glênio Peres e o Grupamento de Corpo de Bombeiros.

Na quarta-feira, fui surpreendido, em plena Rádio Guaíba, com a chegada de um cidadão que já esteve aqui neste Plenário e que é exatamente o Sr. Idenir Cecchin, que reclamava, gentilmente, da minha pouca ou reduzida atenção sobre o problema da Av. Assis Brasil. Disse a ele que outros Vereadores já estavam cuidando desse problema e que eu não via razão para mais um Vereador se envolver. Todavia, instado por esse cidadão, que representa a ZONORTE, fui ontem fazer uma inspeção, digo inspeção porque, quando vou, permaneço a manhã inteira no local. Eu gosto de ver as coisas com os meus olhos e de segurar as coisas com os meus digitais. Acompanhado por esse cidadão, cheguei no local às 9h30min e saí ao meio-dia. Já havia passado no local, mas com olhos de transeunte, mas agora estava com olhos de Vereador. Lá vi o seguinte: uma placa dizendo que as obras iniciaram em 26 de maio de 1998 e o término previsto para 22 de setembro de 1998. Achei estranho porque, como militar, sempre procuro ver as coisas em detalhes. Debaixo do Viaduto Obirici, havia somente um homem trabalhando. Isto é muito estranho: o término das obras, pautado para 22 de setembro de 1998, após seis meses, ainda não aconteceu. Percorri aquele setor e localizei a Rua Andaraí, que estava interrompida por um entulho. Procurei, olhei em todos os recantos, e aquela trincheira não admitia que a rua fosse usada. Percorri em volta e nada mais havia. Como? Poucos homens trabalhando. A pessoa que me acompanhava me disse: Vereador, o senhor precisava ter visto, há quatro meses, quando não havia quase ninguém trabalhando. E eu disse: mas, como, só 10 homens trabalhando numa obra desta? Fui mais adiante, para a Rua Umbu que, na verdade, devido a concretização da Av. Assis Brasil, ela está interrompida, porque vai desembocar no concretamento da Avenida. Justo, nada temos a dizer. Só que o desvio poderia ser aproveitado.

Uma rua sem placa. Ver. Lauro Hagemann, naquela região, não se justifica uma rua sem placa, tem que ter placa. Não sei o nome da rua. Nesta rua sem placa, mais adiante, estavam arrumando a calçada, a calçada que vai ter que ser desarrumada, porque vai haver um recuo na calçada de um metro. E já estão começando o recuo de um metro na ponta esquerda da calçada. Quer dizer, o recuo da calçada vai ser feito, os postes vão ser tirados. Então, por que não fazem isso de uma vez e não tocam na calçada, porque é dinheiro perdido.

 

O SR. PRESIDENTE: Ver. Pedro Américo Leal, solicito que V. Exa. encerre a sua intervenção.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Eu poderia ir mais longe. Fui até 500 metros adiante. E já que eu fui instado, via rádio, por este cidadão, Idenir Cechim, eu compareci lá, não o conhecia, e acho que as obras estão muito morosas. Aquilo ali, como dizem os Vereadores, é uma zona que arrecada impostos maravilhosos e polpudos.

 

O SR. PRESIDENTE: Ver. Pedro Américo Leal, o tempo de V. Exa. está esgotado. Solicito que V. Exa. encerre a sua intervenção.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: V. Exa. espere que eu termine o meu pronunciamento. Eu vou terminar. Todos aqui exercem esse direito. Eu também tenho que dar o período final. Então, Sr. Presidente, eu acho que as obras são morosas e que a Prefeitura deve estar interessada em absorver aqueles impostos; e isso não se justifica. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra para Comunicação de Líder.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, ocupamos, mais uma vez, esta tribuna para colocar esse drama, que está vivendo parte da sociedade, relativo às mensalidades escolares em todo o Brasil. O Governo Federal, no final do ano passado, decretou o fim da filantropia. Nós entendemos que essa questão da filantropia deveria e deve ser atacada de frente o quanto antes. Porém, o Governo Federal não estipulou e não utilizou um critério. Simplesmente, extinguiu a filantropia em todas as instituições de ensino e na área da saúde criando um impasse, porque estamos no mês de maio a até agora não foi regulamentado, fazendo com que as instituições e as famílias briguem entre si e o Governo Federal, de camarote, fica assistindo.

O que está ocorrendo? No ensino fundamental e médio, inúmeros alunos que freqüentavam as instituições de ensino particulares, em conseqüência da perda da filantropia e aumento das mensalidades, migraram para o ensino público estadual em todo o Brasil. O que temos visto é que as salas de aulas estão cheias, o sistema estadual dos diversos estados não estavam preparados para receber essa demanda e a situação mais grave está ocorrendo no ensino superior. Com o aumento das mensalidades, os alunos das instituições de ensino superior não têm a faculdade de rumarem para uma instituição pública de ensino superior. Ou seja, um aluno que está cursando uma universidade particular, não pode, em nível do nosso Estado, fazer a sua transferência para a Universidade Federal. Esse aluno não tem saída, ou aceita esse aumento da mensalidade e paga, ou tem que abandonar os estudos. É o que está ocorrendo, sistematicamente, em todo o Brasil, onde os alunos sem ter dinheiro para pagar, porque os aumentos estão sendo diferenciados, de 15 a 25%, estão abandonando as faculdades. Isso é um assunto sério, o Governo Federal não pode mais ficar de braços cruzados. Vou solicitar, novamente, aos colegas Vereadores, para que conversem com os colegas Deputados Federais, Senadores, para que o Governo Federal, o quanto antes, normatize essa questão da filantropia. O que está-se fazendo com a sociedade brasileira, hoje, é um sistema de autofagia, colocando familiares e alunos contra a direção das escolas que, por sua vez, terão que pagar mais tributos e, até agora, o Governo Federal não os regulamentou. Faz cinco meses que o Governo Federal vem estendendo essa situação, está de braços cruzados, nessa situação de insolvência, fazendo com que a sociedade se prive daquilo que é mais sagrado, que é a obtenção do conhecimento, da cultura, da educação. Enquanto o País não tiver o entendimento de que toda a transformação social passa pela educação, tudo será muito difícil.

No nosso Estado, as escolas particulares vivem um momento muito difícil, porque estão passando informações, às famílias, de diversos tipos de aumento. Eu pergunto: qual a família que, no momento atual, tem condições de absorver aumentos de 15 a 25%? Sabemos que grande parte delas têm mais de um filho na escola. Portanto, pedimos aos nossos colegas Vereadores que conversem com seus parlamentares estaduais e federais para que tenhamos, o quanto antes, uma posição oficial do Governo Federal quanto a esse assunto, para que amanhã não tenhamos toda essa circunstância de uma evasão muito forte, principalmente, em nível de 3º grau. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Apregoamos o Requerimento de autoria do Ver. Luiz Braz, que requer Renovação de Votação do Requerimento nº 108/99, Processo nº 1505/99, uma Moção de Repúdio ao Prefeito, por declarações feitas ao jornal Gazeta Mercantil.

Passamos à

PAUTA

 

(05 oradores/05 minutos/com apartes)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. 2584/97 – SUBSTITUTIVO Nº 01, de autoria do Ver. João Dib, que acrescenta § 4º ao art. 137 da Lei Complementar nº 284, de 27 de outubro de 1992, e dá outras providências, ao PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 021/97, de autoria do Ver. Jocelin Azambuja.

 

PROC. 1284/99 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 035/99, de autoria do Ver. João Dib, que denomina Rua Baldoino Bottini um logradouro público localizado no Loteamento Nova Ipanema, no Bairro Aberta dos Morros.

 

PROC. 1355/99 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 038/99, de autoria do Ver. Adeli Sell, que dispõe sobre a promoção de passeios turístico-culturais gratuitos a maiores de 65 (sessenta e cinco) anos.

 

PROC. 1389/99 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 005/99, que extingue e cria Funções Gratificadas junto ao Quadro do Magistério Público Municipal, cria FG junto ao Quadro da Administração Centralizada e dá outras providências.

 

PROC. 1371/99 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 019/99, de autoria do Ver. Paulo Brum, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Sr. Carlos Eduardo Konrath.

 

PROC. 1379/99 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 021/99, de autoria do Ver. Luiz Braz, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao jornalista Flávio Alcaraz Gomes.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. 1268/99 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 016/99, de autoria do Ver. Luiz Braz, que concede o título honorífico de Líder Comunitária à Sra. Carmen Maria Passos de Oliveira.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. 1294/99 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 017/99, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que concede o Prêmio de Alfabetização Zilah Totta à Srª Maria Alice Lima Torralba.

 

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cláudio Sebenelo, da Bancada do PSDB, está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, que bom que presida a Mesa agora o Ver. Adeli Sell, autor de uma proposta sobre a qual fico pensando se é uma ironia ou se realmente o Vereador pensa exatamente em propor alguma coisa, não fosse o Ver. Adeli Sell uma das pessoas mais aplicadas, talentosas, competentes e voltadas para os interesses de Porto Alegre, reconheço o esforço do seu trabalho. Mas a proposta, que dispõe sobre a promoção de passeios turísticos culturais gratuitos à pessoas maiores de sessenta e cinco anos de idade, é uma das coisas mais ternas e comoventes, pelo compromisso com o idoso e pelo compromisso com o turismo, exceto partindo esta proposta de uma Administração que odeia o turismo, tem ojeriza ao turismo, tem aversão ao turismo, que não gosta do turismo. Por quê? Porque nós tínhamos pelo menos uma estrutura chamada Empresa Porto-alegrense de Turismo para promover o turismo. Esta Casa propôs formalmente ao Senhor Prefeito a criação de uma Secretaria de Turismo, evidentemente que o Senhor Prefeito, especialmente pelo vício de origem, e pela proposta ter origem nesta Casa, imediatamente foi rejeitado e dito: “Não, vamos transformar a Empresa Porto-Alegrense de Turismo numa subseção de uma Secretaria, que já vai muito mal das pernas, que é a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio”. E hoje, como nós vemos esta beleza de turismo em Porto Alegre. Porto Alegre é uma Cidade linda, que está sendo predada pela Administração, em alguns pontos, é constrangedor e depois eu vou me ocupar desse assunto, inclusive no tempo de Liderança. Mas é incrível que se proponha alguma coisa turística e esta Cidade, que aos poucos vai perdendo o seu encanto, precisando, urgentemente de uma grande reforma, de uma outra visão que não seja esta visão, tacanha, pequena, esta visão extremamente conservadora e muitas vezes voltada para o esquecimento de que os habitantes desta Cidade precisam pensar um pouco no seu futuro, e não no seu passado, e não apenas deixar como está para ver como é que fica. Ou nós temos a ousadia de pensar que nós precisamos ser a Capital do MERCOSUL, que geograficamente nós temos o privilégio de estar entre duas megalópoles, Montevidéu / Buenos Aires, Rio de Janeiro / São Paulo e, no meio, Porto Alegre, ou nós vamos continuar involuindo e um simples passeio pela Cidade, pelas zonas que antigamente eram o encanto do porto-alegrense, nós só vemos predação, remendos e principalmente as soluções mais grotescas que se podem dar para os problemas sociais: problema do lixo, problema habitacional. As solução são muitas vezes deformadoras de uma das coisas mais bonitas que é a paisagem de Porto Alegre.

O turismo que deveria ser, hoje, uma válvula de escape para o problema do desemprego, e desemprego também é uma atribuição do Município, o turismo é relegado a um plano tão secundário, tão desprezado, e o que justificava formar uma grande secretaria voltada para o turismo, se volta hoje para uma microsseção da Secretaria de Indústria e Comércio. E o único incentivo que existe é uma proposta do Ver. Adeli Sell de fazer um turismo interno com os moradores de Porto Alegre, porque há no sistema uma aversão completa a qualquer idéia de relacionamento turístico com outras cidades, com outros estados, com outros países.

Nós rejeitamos qualquer idéia de turismo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, quero abordar tema referente a um Projeto do Executivo. Chamo a atenção dos Srs. Vereadores pela sua importância e que, dentro do possível, nós façamos um esforço para que ele tramite rápido nesta Casa.

O Processo de nº 1389/99, Projeto de Lei do Executivo nº 005/99, que pretende criar algumas Funções Gratificadas junto ao Quadro do Magistério Público Municipal e cria Funções Gratificadas junto ao Quadro da Administração Centralizada. O presente Projeto de Lei se justifica tendo em vista a criação da Escola Municipal de Ensino Fundamental Restinga Velha, e, de acordo com o Decreto nº 12197, que necessita de Funções Gratificadas de diretor, vice-diretor e secretário de escola. Então é uma escola nova, que está sendo construída na Restinga Velha, já foi até motivo de debate neste Plenário, que está se efetivando neste momento. Nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental Prof. Anísio Teixeira, Saint Hilarie, Deputado Victor Issler e N. Sra. de Fátima há necessidade de criação de quatro funções gratificadas de 2º Vice-Diretor de Escola em função das referidas escolas municipais funcionarem regularmente em três turnos e contarem com mais de mil e cem alunos, cada uma delas, devidamente matriculados. Há um trabalho incessante e permanente das três Administrações da Frente Popular, em Porto Alegre, de ir paulatinamente assumindo os alunos, as vagas em Porto Alegre. Nesses dez anos e meio, nós praticamente mais do que dobramos o número de vagas do 1º Grau, disse-me o Secretário Municipal da Educação Clóvis Azevedo, quando assumimos a Administração Municipal em 1989.

Há uma história, na Cidade de Porto Alegre, de uma relação com o Governo do Estado que fez com que uma grande parcela das vagas, em Porto Alegre, fosse paulatinamente assumida pelo Estado; a Prefeitura construía escolas e o Estado assumia essas escolas. Nós estamos invertendo esse processo e, a cada ano, assumimos mais vagas, diminuindo o número de vagas nas escolas estaduais. Este é um Projeto importante, há uma escola nova construída na Restinga e há um crescimento significativo nas escolas já existentes, necessitando desses cargos de chefia para o bom funcionamento das escolas e para que consigamos ir, paulatinamente, assumindo todas as vagas em Porto Alegre.

É preciso comentar um pouco também, pela importância, o Projeto do Ver. Adeli Sell que teria, de fato, alguns problemas de iniciativa. Eu não posso concordar de forma nenhuma com a intervenção do Ver. Cláudio Sebenelo, porque nos jornais de hoje está registrada a criação formal, embora já se viesse trabalhando há algum tempo, do Escritório de Turismo em Porto Alegre. Além do trabalho que há muito tempo se faz em Porto Alegre, está-se intensificando o trabalho no turismo em nossa Cidade. Há alguns Projetos importantes como, por exemplo, um parque temático no Delta do Jacuí. Hoje o Prefeito - como já foi lida, pelo Sr. Secretário, a comunicação - se dirigiu à cidade de Caxias do Sul, onde irá se encontrar com o Ministro da Cultura para trazer outro projeto global da área central, buscando apoio junto ao Governo Federal com recursos para que se intensifique o sistema de turismo em nossa Cidade que, como sabemos, é uma indústria sem chaminé, não-poluidora e que termina movimentando muito dinheiro. É algo muito importante e precisamos trabalhar em conjunto. Mas não há nenhum descaso da Administração Municipal que, nesse momento, ao contrário, intensifica seu trabalho nessa área. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Ávila): O Ver. João Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, entre os tantos Projetos que estão na Pauta, dois me chamam a atenção. O primeiro, de autoria do nobre Ver. Adeli Sell, que dispõe sobre a promoção de passeios turísticos culturais gratuitos a maiores de 65 anos. Eu gostaria de dizer que não existe nada gratuito, alguém vai pagar. Eu até devo colocar restrições ao Parecer da douta Procuradoria desta Casa que, analisando a proposição sob o aspecto da constitucionalidade, esse “Parecer prévio conclui favoravelmente à tramitação. Porquanto, trata somente de instituição de programa, cuja implantação efetiva fica a cargo do Poder Executivo, examinadas as possibilidades orçamentárias”. Realmente, o Projeto do nobre Vereador diz que as despesas decorrentes desta Lei correram por conta de dotações orçamentárias próprias”. Mas, apenas um alerta, algo para ser analisado.

Mas, agora, eu volto as cartas-contrato e alguém poderá me dizer que estou fora do assunto da Pauta, não! Absolutamente, não! É que o Prefeito Municipal de Porto Alegre encaminha um Projeto de Lei criando e extinguindo funções gratificadas. Aí, me parece que a celeridade da Prefeitura é tão grande, diferentes das cartas-contrato que estão esperando há dez anos que se faça um Projeto de Lei aumentando o número de auxiliares de enfermagem. Já está provado que é necessário, tanto que estão contratando todos os dias. Esta Casa avisou ao Prefeito, avisou a Administração Municipal, avisou a Bancada do Partido dos Trabalhadores de que em dez dias nós daríamos o Projeto ao Prefeito. Mas a celeridade de S. Exa., o Sr. Prefeito, é tão grande, que o Projeto de Lei, que precisa ser examinado por esta Casa, ele não se restringe ao futuro. Ele incursiona no passado, tanto que o artigo 5º do Projeto de Lei, propõe: “retroagem os efeitos do artigo 1º da Lei nº 8280 de 9 de março de 1999 a 16 de dezembro de 1998.” Ele está retroagindo, ele está assegurando àqueles que lhe interessam! Por que ele não faz uma carta-contrato para o diretor da escola? Qual é o problema? É emergência, segundo ele, e, emergência, segundo a Prefeitura não precisa de decreto, só na Prefeitura de Porto Alegre! Eu não sei como é que o Tribunal de Contas aceita que, sem emergência decretada, se faça cartas-contrato. Por que o Prefeito não contrata, já que tudo é possível, passa pelo Tribunal de Contas, por que o Prefeito não contrata diretor, assistente? É possível! Tudo é possível para a Prefeitura Municipal de Porto Alegre! Então eu chamo a atenção dos Srs. Vereadores, o que o Sr. Prefeito deseja é a criação de Funções Gratificada e parece que isso lhe interessa muito, porque vai escolher pessoas do seu agrado. Vai aceitar pessoas do seu agrado, ainda que a escolha de diretores nas escola deva ser por eleição. Quando eu era Prefeito, começou-se, nesta Cidade, a escolher os diretores por eleição direta na escola. Mas, de qualquer forma, é possível fazer a Lei, é possível a criação de cargos de auxiliar de enfermagem, de médico se for o caso, para não ter que fazer carta-contrato pela segunda vez com um médico concursado, porque o segundo colocado está fora do país e se chamado não compareceria; compareceria o terceiro colocado que está com carta-contrato, e o segundo colocado passaria para o fim da fila. Então, o Prefeito está demonstrando para esta Casa que mandado um Projeto de Lei criando cargos, e quando for relativo à educação e saúde, é claro que esta Câmara tem uma sensibilidade extraordinária e atenderá com toda a celeridade. Saúde e paz! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A Vereadora Maristela Maffei está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, têm detalhes nesta Casa que, às vezes, não entendo muito bem, Vereador João Dib, - e eu já vou me ater ao Projeto que vou discutir -, às vezes, eu não o compreendo. Quando se usa carta-contrato, V. Exa. critica, quando nós queremos formalizar, V. Exa. também critica.

 

O Sr. João Dib: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Eu não critiquei o Projeto do Prefeito, eu só mostrei que era possível fazer. Só que ele está usando dois pesos e duas medidas. No caso de Função Gratificada, o Projeto de Lei vem até retroagindo, e no caso de 10 anos de auxiliar de enfermagem, médico e enfermeiro, ele não manda um Projeto de Lei. Eu sou favorável ao Projeto de Lei.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Este Projeto é de uma relevância social sem precedentes. O Ver. Guilherme Barbosa explicava, da tribuna, que nós já discutimos bastante sobre essa questão, principalmente no que tange à Escola Municipal de Ensino Fundamental da Restinga Velha. Nós lá estivemos, enquanto Comissão de Educação, Cultura e Esportes, vendo de perto a problemática e o esforço que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre e a SMED, têm feito no sentido de resolver os problemas. A demanda é enorme, inclusive, houve um atraso nas obras dessa nova escola e as crianças foram acomodadas no salão paroquial, e assim está sendo feito.

Mesmo assim, esses professores, indicados como diretores, já estão exercendo a sua função, por isso o mérito desse Projeto, e a necessidade da atenção desta Casa para que, o mais breve possível, o Projeto seja aprovado. Os professores já estão trabalhando, foram empossados no dia 16 de dezembro de 1998, mas, no entanto, não recebem a função gratificada que a Lei estabelece.

Gostaria de referir a outras escolas que fazem parte dessa Lei, principalmente ao Colégio Saint Hilaire e ao Colégio da Lomba do Pinheiro, que conta com mais de 1.200 crianças.

Na Lomba do Pinheiro nós temos mais de seis colégios Municipais, e, desde que a Administração Popular assumiu em Porto Alegre, não existe nenhum que não esteja complementado o seu ensino fundamental, de 1ª a 8ª série. No entanto, os colégios estaduais da região, que são sete, oferecem, apenas, até a 4ª série. Uma falta de responsabilidade, inclusive, do governo anterior em nível de Estado. Hoje, estamos discutindo, no âmbito do Orçamento Participativo Estadual, a complementação do ensino fundamental.

Eu acredito, portanto, que todas as Bancadas estão sensibilizadas, e vamos nos ater em fazer com que este Projeto tenha um trâmite o mais breve possível.

Queria parabenizar o Projeto do Ver. João Carlos Nedel em relação a uma rua que será denominada Profa. Zilah Totta. Essa professora que teve um trabalho fundamental na nossa Cidade no sentido da qualificação do ensino. Portanto, Ver. João Carlos Nedel, eu o parabenizo desde já. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Ávila) : Com a palavra o Ver. Adeli Sell, para discutir a Pauta.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, Senhores e Senhoras, o Ver. Cláudio Sebenelo anunciou que discutiria o Projeto de minha autoria, que institui os passeios turísticos-culturais em nossa Cidade para pessoas maiores de sessenta e cinco anos, mas, na verdade, acabou não comentando, nem discutindo o nosso Projeto, mas discutindo turismo em Porto Alegre. Do seu modo de pensar e de uma forma irônica, disse que era uma visão terna. Quero dizer que de fato é uma visão terna, porque ternos são os meus princípios e minha visão em relação a terceira idade. Ademais nós estamos no Ano Internacional do Idoso, e o nosso Projeto tem uma preocupação com pessoas que já se aposentaram, com idosos, para que o poder público municipal, praticamente, sem gastos adicionais, porque o nosso Projeto, inclusive, estabelece que o Poder Publico Municipal poderá fazer parcerias com organizações não-governamentais, particularmente com aquelas que cuidam dos nossos idosos, e com a iniciativa privada. Cabe lembrar que temos a Empresa Carris Porto-alegrense de Transportes Coletivos, temos o escritório de turismo vinculado a nossa Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, que cuida da questão do turismo - ontem, inclusive, tivemos uma atividade com a presença do Prefeito Municipal, Sr. Raul Pont -, temos a Secretaria Municipal de Cultura, que tem um trabalho de divulgação das questões culturais da nossa Cidade e temos Fundação Educacional Social e Comunitária - FESC -, que cuida de questões da assistência social e, particularmente, em relação a este Projeto, dos nossos idosos, dos nossos homens e mulheres da terceira idade.

Proponho que estes passeios turísticos e culturais se dêem pelo menos uma vez por mês, para que as pessoas conheçam a nossa Cidade, porque muitos dos nossos idosos passaram anos e anos a fio - Ver. Pedro Américo Leal - trabalhando para sustentar suas famílias, para ter uma vida minimamente digna, e deixaram de conhecer as belezas da nossa Cidade. Muitos não conhecem o Lami, não conhecem Belém Novo, Belém Velho, com sua igrejinha histórica e sua beleza na praça, não conhecem os morros, o Morro da Glória - Ver. João Carlos Nedel - com seu Santuário à Madre de Deus. Muitas e muitas pessoas jovens que circulam pela Cidade não o conhecem, muitos idosos não o conhecem e, com esta nossa proposta, terão este acesso. Assim como o Morro da EMBRATEL, o cais do porto, cujo muro esconde algumas de suas belezas, os monumentos do Centro da Cidade, como o da Praça da Matriz, os nossos museus, o belo Museu de Arte do Rio Grande do Sul, o Museu Júlio de Castilhos, o nosso Mercado Público, remodelado, reestruturado e cada vez mais recuperado, até porque agora temos, inclusive, Vera. Helena Bonumá, um posto de informações turísticas, proporcionado pelo Escritório Municipal de Turismo, vinculado à Secretaria Municipal de Indústria e Comércio. Portanto, o nosso Projeto, Ver. Cláudio Sebenelo, propõe coisas bem concretas acerca do turismo na nossa Cidade. O Poder Público precisa, cada vez mais, se interessar por este vetor importante do desenvolvimento econômico e social. De quinze em quinze dias o Escritório faz um fórum de turismo, no qual o Ver. João Carlos Nedel e este Vereador temos participado. Temos, mensalmente, atividades da Associação Brasileira das Indústrias dos Hotéis. Temos o projeto de revitalização do Centro. É óbvio: muito falta ainda a fazer. Somos os primeiros a reconhecer, mas é um projeto modesto, simples e, creio, será, muito em breve, efetivado, até porque, disse-me a Diretora Maru Moesch, há outras atividades neste mesmo sentido. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. GILBERTO BATISTA: Só quero comunicar que, ontem, se realizou um torneio de amigos da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, onde a equipe de Vereadores consagrou-se campeã. O troféu encontra-se sobre a Mesa do Presidente.

A equipe de Vereadores teve a participação do Ver. Juarez Pinheiro, Luiz Braz e deste Vereador.

É gratificante para os Vereadores a conquista desse troféu.

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Parabéns à equipe vencedora pelo nosso troféu.

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu estou absolutamente estarrecido com uma declaração, veiculada pelo “Correio do Povo” na data de hoje, que afirma o seguinte: (Lê.)

“Luciana vê o PDT como uma ameaça.

A Deputada Luciana Genro, do PT, afirmou ontem que a presença do PDT no Governo Olívio Dutra constitui uma ameaça permanente à manutenção dos níveis de probidade e transparência na administração pública do Estado.

‘O PDT é um elemento transmissor da corrupção e da defesa dos interesses da burguesia que marcaram a gestão Alceu Collares e, agora, está contaminando o nosso Governo’.” Ainda segundo Luciana, os pedetistas que “ocupam cargos nos diversos escalões do Executivo gaúcho deveriam ser substituídos, porque influenciam de maneira negativa o processo de tomada de decisões do Piratini.”

O recuo do Executivo no caso Ford foi citado como exemplo, quando Olívio solicitou que a Assembléia Legislativa intermediasse a retomada das negociações.

“O Governador cedeu diante das pressões não apenas da FIERGS, da oposição e da empresa, mas, especialmente, do PDT, que nunca esteve alinhado com o PT na posição de negar recursos públicos a multinacionais, provocou”.

Eu quero acreditar, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, que deva haver, aqui, um equívoco, que uma palavra foi mal datilografada, enfim, que isso aqui não seja verdadeiro. E dirijo-me ao meu partido no sentido de pedir que seja tomada uma providência a respeito dessa matéria.

A Deputada Luciana Genro é uma jovem, mas é uma pessoa importante, é uma deputada reeleita.

Estou pedindo ao meu partido, vejam bem, - a questão é com o meu partido - que sejam tomadas as medidas capazes de fazer a reparação disso aqui. Todos sabemos que o “Correio do Povo” é lido por milhões de pessoas neste Estado, que matérias dessa natureza são repercutidas nas emissoras e nos órgãos de comunicação por todo esse interior.

Eu não quero acreditar que isso seja verdade - quero deixar claro -, mas o PDT vai ter que buscar, vejam bem, reparação clara, suficiente para esclarecer a opinião pública, porque, do contrário, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, quem vai reagir seremos nós. Nós vamos reagir!

Eu tenho lido, muitas vezes, declarações da Deputada como: “discordamos, ideologicamente, do PDT”, e outras, verdadeiras ou não. Tudo bem! Mas isso aqui é muito grave, é gravíssimo, e eu venho aqui, usando o tempo do PDT para Comunicação de Líder, para exigir do meu partido que faça a devida reparação disso que li hoje e que me estarreceu.

Muitas pessoas, hoje pela manhã, já me ligaram. É muito grave o que se coloca aqui, é gravíssimo! Por quê? Porque um partido político é das pessoas, vive de credibilidade. E não posso conceber que isto aconteça! Então, tenho a ver com o meu Partido. Neste momento, estou mandando um fax à direção nacional do Partido, aos Srs. Deputados. Quero reparação disto aqui, eficaz, eficiente, porque senão vamos entrar nessa luta, porque isto é muito grave. E não aceito, sob pretexto e forma alguma, que uma coisa como essa seja levada à apropriação da opinião pública gaúcha. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder pelo PSDB.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. O bairro é Extrema. A hora, a primeira da tarde. O panorama, deslumbrante. Nada a ver com o cheiro que empesta o ar e fere as gargantas. Penso no inferno existencial das pessoas que são ali obrigadas a viver. Chegamos ao Aterro Sanitário da Extrema.

De uma antiga saibreira degradada pela exploração irracional do saibro, sem fiscalização, pois a Prefeitura era a maior compradora do material, a promíscua relação proprietário e município iniciou um dos mais danosos projetos à comunidade local.

O Extrema não foi indicado pela UFRGS como depósito de lixo, conforme a má-fé alega. É mentira. A comunidade local não participou. O Orçamento Participativo foi buscar aval ilegítimo, muito longe, em outras comunidades. Trocaram o apoio pelo asfaltamento da Estrada Edgar Pires de Castro. Pelo acordo espúrio, deram o lixo para a Extrema e uma estrada asfaltada para o Lami.

Um recurso na FEPAM “extraviado” - entre aspas - concedeu licença prévia, sem a autorização de obras civis, que, mesmo assim, foram realizadas. Além da licença prévia desautorizar qualquer atividade no local, sob pena de nulidade, a FEPAM fez vistas grossas.

A comunidade do Extrema entrou com um inquérito civil no Ministério Público. Após tornar realidade uma nova alternativa, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre segue depositando cinqüenta toneladas por dia de lixo para compensar a extração de saibro. Há multas e laudos de intimação, eventualmente lixo hospitalar e, freqüentemente, lixo industrial, proibidos em aterros sanitários.

O problema mais grave é o da água. Estão soterradas as vertentes do arroio Manecão com origem na saibreira e na saída, como coletor da rede subterrânea de água, de seu lençol freático. Por um cano, sai uma água permanentemente fétida e espumosa. Esta água é usada pela maioria da comunidade, através de vertentes, cacimbas, poços cavados, totalmente contaminados.

Mas aterro sanitário não tem cheiro. Os gases são queimados. Os mercaptanos, enterrados. A camada externa, gramada. Nada disto. Não há isso aí.

A impermeabilização deveria durar, pelo menos, quarenta anos. Em dois anos de funcionamento já vaza a argila e a camada sintética.

Há um defeito estrutural proveniente da má construção: os aterros sanitários deveriam ser compactados alternadamente, em camadas de lixo e argila. Adiciona-se a cada camada uma manta geossintética. Outras medidas foram exigidas pela FEPAM, como o rebaixamento do lençol freático, a captação e o tratamento do chorume, o controle de vetores e odores, a recomposição topográfica e paisagística do morro. Nada disto está feito. Este arroio Manecão desemboca no lago Guaíba, e dizem que a praia do Lami está despoluída. É mentira. E vai ficar totalmente poluída.

Tudo isto é produto de uma construção feita em área funcional de reserva biológica, com proteção estabelecida especificamente para a fauna e para a flora. Este local jamais poderia ser usado para esta destinação.

O art. 237 da Lei Orgânica prevê a aprovação da Câmara Municipal, pois o empreendimento é de alto potencial poluente. Mas a aprovação não passou pela Câmara, por uma questão de “estilo” - entre aspas - que exclui o Legislativo.

O art. 244 da Lei Orgânica considera Área de Preservação Permanente as nascentes e as faixas marginais de proteção de águas superficiais. No mesmo artigo são contemplados os exemplares raros que são abrigados nessas áreas, ameaçados de extinção: bugio ruivo. A mata que os acolhe está sendo devastada. A saibreira avança.

Contraria acintosamente o EIA-RIMA pela destruição já efetivada de remanescentes florestais nativos. O relatório destaca que “a preparação da cava não deve, em hipótese alguma, destruir os remanescentes florestais existentes, em especial na Área 2”. Tudo isso acompanhado da devastação das formações vegetais exóticas, exatamente contra o texto da lei. Ao chegarmos na Extrema, perguntamos pelo manual de execução. Não existe. Perguntamos pelo engenheiro responsável. Fui apresentado a um operário especializado, responsável pelo funcionamento do aterro. A lei é muito clara: exige a presença permanente de um engenheiro, em um trabalho de grande risco. Inclusive, os operários trabalham sem EPIs - equipamentos protetores individuais. A sabreira está totalmente aberta, não está cercada, conforme exige a lei. Não há EDILT, que é uma relação entre o projeto e o que existe. Esses fatos, ajuntados a essa violência contra a comunidade de Porto Alegre chamada Aterro Sanitário da Extrema, explicam porque estão consagrando esse estilo revolucionário de administrar e de fazer política: pelo menos para aprender como não fazer, para aprender o que não deve ser feito. Queremos saber quem foi o gênio administrativo que usou um dos lugares mais lindos desta Cidade e o transformou na mais fétida e infecta de todas as lixeiras. As fotos estão à disposição. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Registramos a presença, em nosso Plenário, do querido Deputado Vieira da Cunha, Presidente do Diretório Metropolitano do PDT. Nós o saudamos. Seja bem-vindo!

O Ver. Eliseu Sabino está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ELISEU SABINO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, venho a esta tribuna, em primeiro lugar, para dizer da satisfação em ocupá-la quando sinto necessidade e, principalmente, quando venho aqui para trazer alguma questão séria, transparente e verdadeira.

No dia de ontem, na “RBS”, um veículo de televisão, fui citado e apresentado como um dos Vereadores desta Casa envolvidos naquele tradicional escândalo das creches. Diz respeito à procura de um ex-funcionário de meu gabinete, que também tinha filhos em creches, fato esse que eu até então desconhecia. A grande verdade é que me surpreende o fato de esta Casa ter uma sindicância, de ter alguém ocupando-se com essa parte, e aquele ex-funcionário ainda não ter sido procurado por essa sindicância e a imprensa já ter chegado aqui. Isso me dá o entendimento de que alguém está preocupado em fazer denúncias infundadas. O que mais me preocupa e que me traz a esta tribuna, neste momento, é que, após a divulgação na televisão, eu fui bombardeado por telefonemas de amigos, eleitores, pessoas que me são caras e que me têm profunda admiração, entendendo de maneira distorcida a forma como é feita a divulgação desse problema, que envolve não apenas os Vereadores, mas a Instituição propriamente dita. É claro que tenho a tranqüilidade de chegar aqui e dizer a todos que minha vida é pautada pela verdade, sinceridade e transparência. Não me preocupou muito o fato de a imprensa estar tentando averiguar a situação, até porque essa também é minha preocupação, mas, sim o objetivo de enlamear o nome de um parlamentar sem que este pudesse manifestar-se, porque quando a rede de televisão esteve em meu gabinete, eu estava lá, dando atendimento. A funcionária que atendeu os repórteres perguntou se eles queriam falar com o Vereador e eles, simplesmente, não quiseram. Eles queriam saber sobre aquele funcionário que, diga-se de passagem, é uma pessoa que trabalhou comigo durante dois anos, um excelente cidadão, uma pessoa de alta reputação. Saiu do meu gabinete porque se elegeu Conselheiro Tutelar na Microrregião 6. É claro que somos certos até o momento em que deixamos de sê-lo. Eu não tenho conhecimento de irregularidades na vida desse cidadão. Se descobrirem alguma irregularidade, falta ou falsidade, o primeiro a querer a transparência dessa situação é este Vereador. Estou preocupado com a lisura desta Casa, quero que a realidade seja relatada a todos.

Encerro o meu pronunciamento dizendo da minha insatisfação pela maneira como chegou aos meus eleitores uma notícia distorcida, denegrindo o Partido, denegrindo a Instituição. A minha solidariedade também a Vera. Sônia Saraí, que foi alvo desta situação. Queremos que a RBS me dê a oportunidade de me pronunciar como pessoa disposta a falar a verdade. Eu faço uma pergunta: qual o objetivo de tudo isso? Seria desviar o escândalo que está centralizado numa determinada área desta Casa para outras áreas? Não sei. Fica a minha pergunta e a minha preocupação.

Como Vereador desta Casa, como homem da verdade, como homem de seriedade e transparência, coloco-me à disposição de todos para quaisquer esclarecimentos. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra, para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Não há como eu deixar de me referir à fala dura e emocionada do Ver. Elói Guimarães ao se referir às manifestações da nossa Deputada Estadual Luciana Genro.

Sem entrar no mérito da fala da companheira e amiga Deputada Luciana Genro, eu quero dizer, em nome da nossa Bancada, Ver. Elói Guimarães - e eu aproveito e saúdo a presença do Deputado Vieira da Cunha, Presidente do PDT, em Porto Alegre, aliás, uma feliz coincidência -, que se tratam de manifestações única e exclusivamente da Deputada, de responsabilidade da companheira Luciana Genro. Esta não é a opinião do PT de Porto Alegre, posso garantir a V. Exas. E não é a posição isolada dos 12 Vereadores do PT nesta Casa. Temos diferenças? Sabemos que sim, mas temos, neste momento, muito mais pontos convergentes na denúncia deste desastre que é o Governo Fernando Henrique Cardoso; estamos juntos na construção de um outro governo, popular e democrático, sim, no Estado do Rio Grande do Sul. Portanto, muito mais pontos da conjuntura política nos unem do que nos separam. Quero marcar, definitivamente, a nossa posição.

Quero também me manifestar sobre uma notícia muito importante e alvissareira que os jornais, nos últimos dias, trouxeram. Trata-se da experiência da Instituição Comunitária de Crédito Porto do Sol, que foi apresentada no Seminário Construção de Alianças no Combate à Pobreza, Potencialidades e Perspectivas no Brasil, em Brasília, promovido pelo Banco Mundial e pela Fundação Getúlio Vargas, portanto nenhuma suspeita em relação a nós. O Evento reuniu as dez práticas nacionais com o enfoque contra a miséria, destacadas entre as 42 iniciativas analisadas pelas duas instituições. O ICC PORTOSOL, proposto pela Prefeitura de Porto Alegre não tem fins lucrativos e todos nós conhecemos. E foi destacado o Projeto Pescar, iniciativa da empresa Linck, que é um projeto muito importante.

Isso é importante marcar, quando nós vemos que o desemprego aumenta tremendamente em face da política do Governo Federal. Se houvesse, neste momento, um plebiscito nacional, o Presidente Fernando Henrique Cardoso seria deposto do cargo. Todas as pesquisas estão mostrando que o Presidente está sendo reprovado pela população brasileira, em pouco tempo do seu segundo Governo, em face de ter dito, em alto e bom som, que o real estava consolidado e que no segundo governo iria trabalhar nas questões sociais. Poucos dias depois de ganhar a eleição, desmonta aquela firmeza da moeda, modifica tudo o que vinha sendo feito antes e o povo brasileiro paga, duramente, as medidas do Senhor Presidente da República. O seu prestígio cai vertiginosamente. Retira, como fez há pouco tempo - e dissemos isso muito claramente nesta tribuna -, dinheiro das políticas de apoio às pessoas portadoras de deficiência física; retira dinheiro das políticas de proteção às crianças de rua; retira dinheiro das políticas de apoio ao idoso. Esse é o Governo Fernando Henrique Cardoso, que continua de joelhos perante o Fundo Monetário Internacional. Hoje, o que temos é um Governo fora do País, um Governo FMI e, ao mesmo tempo, um Primeiro-Ministro chamado Antônio Carlos Magalhães, e o Presidente da República Sr. Fernando Henrique Cardoso, absolutamente desmoralizado. Enquanto isso, iniciativas importantes como essa da Prefeitura de Porto Alegre têm que se reproduzir. O ICC não é da Prefeitura, há dinheiro da Prefeitura, do Governo do Estado e da iniciativa privada, aliás, uma iniciativa como deve ser, e uma iniciativa, agora, louvada e aprovada por instituições como a Fundação Getúlio Vargas e o próprio Banco Mundial. Isso tem que se reproduzir milhares e milhares de vezes pelo nosso Estado e pelo nosso País para que, de fato, consigamos combater, não resolver, mas combater, frontalmente, a política desastrosa do Sr. Fernando Henrique Cardoso. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Gilberto Batista está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. GILBERTO BATISTA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, em primeiro lugar, quero parabenizar a Escola de Samba Bambas da Orgia pela passagem dos seus cinqüenta e seis anos. Envio um abraço ao Presidente Odilon. Quero parabenizar, também, antecipadamente, o nobre Ver. João Dib, que, numa Sessão, ontem, nesta Casa, homenageou as nossas mães porto-alegrenses. Que elas possam ter um dia feliz e, em nome do PFL, queremos parabenizá-las antecipadamente.

Sr. Presidente, no dia de hoje, um fato me chamou a atenção: estou preocupado com o que está acontecendo na CEASA. A sua nova direção fez uma troca de horário que, no meu entendimento, é inexplicável. Até agora não foi dada uma explicação clara do porquê da mudança de horário.

A CEASA fazia o atendimento das 5 horas da manhã até as 11 horas. A nova direção, que assumiu agora, achou melhor modificar esse horário de atendimento, passando a ser do meio-dia até as 16 horas. Preocupo-me, Ver. João Dib, porque estamos próximos de um problema de saúde pública muito grave. Os proprietários de restaurantes buscavam na CEASA às 3, 4, 5 horas da manhã os alimentos que seriam servidos aos consumidores ao meio-dia. Todos os restaurantes de Porto Alegre faziam assim. Com esse novo horário, como fará o proprietário de restaurante que terá que buscar o alimento às 4 horas da tarde e servir no outro dia? Onde ele irá acondicionar esse alimento? Essa é uma pergunta que eu gostaria que a nova direção da CEASA pudesse responder. A CEASA atende o Estado, mas isso é um problema de Porto Alegre, porque afetará os consumidores que freqüentam os restaurantes da Cidade. Isso é gravíssimo. Não temos nenhuma explicação concreta sobre essa inexplicável troca de horário e não existe nenhum subsídio para explicar essa mudança.

Eu gostaria de conclamar a Vera. Sônia Santos, Presidente da Comissão de Saúde, desta Casa, para acompanhar esse processo todo, porque acredito que muitos restaurantes vão ser prejudicados. E com essa mudança inexplicável - é a terceira vez que falo a palavra “inexplicável”, mas é porque estou realmente indignado com a mudança - vai ser atacada a nossa população e também aqueles que lá vendem e os produtores. Parece-me que V. Exa. fez uma visita, nesta semana, a um produtor rural; e esse produtor, atrapalhado nos horários, não sabendo como iria ficar, perdeu uma carga inteira de caminhão porque os alimentos não foram vendidos no horário que costumeiramente vendia.

Gostaria que a Secretaria da Saúde também pudesse intervir nesse processo, nesse debate, para ajudar as partes a chegarem a uma solução.

No meu entendimento, Sr. Presidente, a solução seria que voltasse o horário antigo, porque esse horário condiz com todo o processo do alimento que vai parar na mesa, que vai parar no restaurante. Para o consumidor, Ver. Guilherme Barbosa, poder ter a tranqüilidade de comer um alimento bom, saudável, que não sofra contaminação de espécie alguma.

E alerto aos restaurantes para que a fiscalização da Secretaria deve autuá-los, porque imagino que muitos restaurantes em Porto Alegre não disponham de espaço para acondicionar esses alimentos, que vão ficar parados das dezesseis horas - a madrugada inteira - até a manhã do outro dia. É impossível! Não tem como! Ou a CEASA, através da sua administração, quer que a população seja realmente contaminada com esses produtos que vão parar na sua mesa. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A Vera. Clênia Maranhão está com a palavra para fazer uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores, creio que vários Vereadores que me antecederam trouxeram à tribuna temas que ocupam, ainda, a pauta política da sociedade gaúcha, hoje com novos componentes que esclarecem à população uma série de contradições que estão sendo estabelecidas pelo Governo do Estado e que refletem, evidentemente, na nossa Capital.

Creio que o discurso do Ver. Elói Guimarães, que colocou depois a possibilidade de o Líder do PT expressar as contradições políticas do seu Partido - e acredito que também se repetem do ponto de vista da política pública, daquilo que é definido pelo Governo do Estado em relação ao Rio Grande do Sul. Prova disso são as informações contraditórias acerca dos procedimentos que o Governo tomou nas negociações da Ford, se gastaram legalmente ou não os duzentos milhões de reais comprometidos do ponto de vista legal com essa empresa. A contradição que é expressa no discurso oficial, que diz que não pode dar subsídio para a Ford, porque ela é uma grande empresa, mas garante, evidentemente, porque não podia voltar atrás, o subsídio da GM. As contradições no discurso que prioriza a educação, mas que, evidentemente, estão mantendo a política de arrocho salarial em relação aos professores. Isso, no caso de Porto Alegre, tem uma repercussão importante, porque o Município de Porto Alegre está entre os municípios do Rio Grande do Sul que assumiu a menor quota do ensino de primeiro grau. Quando uma crise do ensino acontece no Estado, evidentemente, reflete em Porto Alegre, porque grande parte da responsabilidade do ensino ainda está nas escolas estaduais na Capital do Rio Grande, apesar do discurso, apesar das propostas, apesar das mobilizações que até hoje foram incentivadas.

Acho que esses temas são temas importantes de serem debatidos, frutos de um Governo Estadual que não tem um projeto claro, tem repercutido na Capital de uma forma negativa para a população.

Um exemplo que foi trazido e que demonstra a evidente falta de política na área de abastecimento foi a crise gerada na CEASA, o que expressa mais do que isso: expressa, na verdade, a manutenção do discurso extremamente autoritário, que é feito com roupagem democrática, mas que não tem consultado, em nada, os setores verdadeiramente representativos da sociedade na hora de definição de sua política. É por isso que ocorrem as grandes contradições, quer seja na discussão dos transgênicos, quer seja nas negociações das empresas internacionais, quer seja nas questões bem pontuais e concretas que afetam a vida dos porto-alegrenses como, por exemplo a ampliação de uma avenida, como é o caso da Avenida Assis Brasil, que foi trazido de novo a esta tribuna porque as reivindicações, todas as reivindicações colocadas pelos empresários da Zona Norte aqui nesta tribuna inclusive, até hoje não foram solucionadas. Eu acho que não foram solucionadas porque falta humildade para o Poder Público Municipal quando define sua programação, quer seja na construção de obras, ou quer seja no campo democrático. O caso da Assis Brasil, assim como o caso da CEASA que são dois casos que afetam a Região Norte da Cidade, é bem o demonstrativo disso: é mudar horário de um órgão de abastecimento que abastece supermercados, restaurantes, sem consultar os usuários desse serviço. É o caso da Assis Brasil que determina um calendário de obras sem considerar a realidade econômica dos empreendimentos, dos pequenos estabelecimentos e dos moradores, que são da Região da Zona Norte, e que circulam a Assis Brasil. Então, para concluir Sr. Presidente, eu acho que os temas que foram aqui trazidos, mesmo que eles não sejam diretamente ligados a Porto Alegre, eles acabam repercutindo na nossa Capital, e portanto, têm que ser tema de Pauta dos debates, porque eles afetam a vida dos porto-alegrenses, e portanto, dizem respeito às preocupações políticas de todos os Vereadores. Muito obrigada.

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Solicito ao Sr. 1º Secretário que proceda à chamada nominal, para passarmos a Ordem do Dia.

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro uma nova ordem para votação dos Projetos: PLE nº 13/97, PLE nº 14/97, PLL nº 147/98, PLL nº 169/98, PLL nº 172/98, PLL nº 175/98, PLE nº 46/98, PLL nº 01/99, PLL nº 02/99, Projeto de Resolução nº 53/98, Projeto de Resolução nº 07/99 e Projeto de Resolução nº 09/99. Assim poderemos acelerar a votação, muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. João Carlos Nedel. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05 minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1353/97- PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 013/97, que autoriza o Poder Executivo a alienar imóvel do patrimônio municipal a Jorge Fernandes e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Motta: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. José Valdir: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Vera. Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - Art. 82,

§ 1º, VIII, da LOM;

- discutiram a matéria os Vereadores A. Hohlfeldt e C. Sebenelo;

- adiada a discussão por 01 Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº 013/97. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade o PLE nº 03/97.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05 minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 1354/97- PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 014/97, que autoriza o Poder Executivo a permutar imóveis do patrimônio municipal por imóveis de propriedade de Adão Anésio Lima da Cruz e Construtora Maestri Ltda.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Cyro Martini: pela aprovação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Motta: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. José Valdir: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Vera. Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - Art. 82,

§ 1º, VIII, da LOM;

- adiada a discussão por 01 Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº 014/97. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade o PLE nº 014/97.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05 minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 2902/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 147/98, de autoria do Ver. Décio Schauren, que denomina Rua Saint’Hilaire um logradouro irregular localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Guilherme Barbosa: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Vera. Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 147/98. (Pausa.) Não havendo quem queira discuti-lo, vamos colocá-lo em votação. Em votação o PLL nº 147/98. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05 minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3300/98- PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 169/98, de autoria do Ver. Hélio Corbellini, que denomina Rua Gilson Luiz Bandeira Valadão um logradouro irregular localizado no Bairro Mário Quintana.

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Cyro Martini: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Décio Schauren: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Eliseu Sabino: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 169/98. (Pausa.) Em votação. (Pausa.)

 

O SR. JOÃO DIB (Requerimento): Requeiro seja retirada do PLL nº 169/98 a palavra “Luiz” na denominação de Rua Gilson Luiz Bandeira Valadão.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o destaque do Ver. João Dib, que solicita seja retirado do PLL nº 169/98 a palavra “Luiz”. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação o PLL nº 169/98. (Pausa.) APROVADO, com o destaque do Ver. João Dib.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05 minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3374/98- PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 172/98, de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, que denomina Praça Nelson Bório um logradouro público localizado no Bairro Passo da Areia.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Décio Schauren: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Eliseu Sabino: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE (Nereu D’Ávila): Em votação o PLL nº 172/98. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05 minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3403/98- PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 175/98, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Angelo Costa um logradouro irregular localizado na Vila Vargas. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CECE. Relatora Vera. Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

O SR. PRESIDENTE: Discussão geral e votação. PLL nº 175/98. Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação a Emenda nº 1 ao PLL nº 175/98. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05 minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3473/98 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 046/98, que altera a Ementa e o art. 1º da Lei nº 8177, de 24 de junho de 1998, e dá outras providências. (altera o nome da Fundação Centro de Oncologia Radioterápica)

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Carlos Alberto Garcia: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Discussão geral e votação. PLE nº 046/98. Em discussão. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05 minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 0136/99- PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 001/99, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Ivo Alexandre Rizzo um logradouro público localizado no Bairro Farrapos.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulo Brum: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Eliseu Sabino: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 001/99, Proc. 0136/99. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05 minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 0337/99- PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 002/99, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Professora Zilah Totta um logradouro irregular localizado no Bairro Protásio Alves.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Gilberto Batista: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 002/99, Proc. nº 0337/99. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05 minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3408/98 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 053/98, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que concede ao Padre Edgar Jotz o título honorífico de Líder Comunitário.

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Guilherme Barbosa: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. José Valdir: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o Projeto de Resolução nº 053/98. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05 minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 0625/99 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 007/99, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que confere à Senhora Elma Nunes Sant’Ana o Prêmio Tradicionalista Glaucus Saraiva.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. José Valdir: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o Projeto de Resolução nº 007/99. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05 minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 0815/99 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 009/99, de autoria do Ver. João Dib, que concede ao Senhor Lorenzo Zamprogna Zaluski o título honorífico de Esportista Exemplar.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Eliseu Sabino: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o Projeto de Resolução nº 009/99. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05 minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3176/97 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 032/97, de autoria da Mesa Diretora, que altera o Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre. Com Emendas nºs 01 a 15 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 06.

 

Parecer:

- da Comissão Especial: Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto e das Emendas nºs 01, 02, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 13, 15 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 06; pela rejeição das Emendas nºs 03 e 14.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82,§ 1º, II, da LOM;

- discussão e votação nos termos do art. 126 e seus §§, do Regimento da CMPA.

 

O SR. PRESIDENTE: Srs. Vereadores, o entendimento prévio da Mesa é que optamos por iniciar a Discussão Geral Projeto de Resolução nº 32/97, Proc. 3176/97, de autoria da Mesa Diretora, que altera o Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre, com Emendas de 1 a 15 e Subemenda 1 à Emenda 6.

Este Projeto está há bastante tempo encalhado na Ordem do Dia, e ele trata de alterações do Regimento, que são alterações que, possivelmente, trarão benefícios ao funcionamento orgânico da Casa.

Por isso, a sugestão que foi dada à Mesa, e aceitamos, é que iniciássemos hoje a discussão dessas alterações para que futuramente pudéssemos entrar no processo de votação.

Esta é a sugestão que foi encaminhada. É sobre o Regimento, Ver. Pedro Américo Leal, V. Exa. tão zelosamente vem estudando, há tempo, as questões do Regimento, inclusive, querendo aperfeiçoá-lo, democratizá-lo, dinamizá-lo. Devemos enfrentar a situação.

O relator foi o Ver. Pedro Américo Leal, que está com a palavra para discutir.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eis que chega o momento, que, na verdade, tinha intenções de adiar, para que fosse abordado este tema numa tarde ou manhã em que pauta alguma fosse examinada, porque se trata de uma modificação do nosso Regimento. Interessa a todos os Vereadores. Os Vereadores buscam fazer uma Sessão Plenária em que as comunicações surjam à frente de todos os temas de análise, de pauta, de Comunicação de Líder, para que o Vereador possa fluir os assuntos políticos da Cidade, não os assuntos administrativos, mas os assuntos políticos, com muito mais rigor e com mais cuidado. Eis aí a oportunidade. Não sei se fui feliz, e submeto aos meus colegas todos os exames que fiz, porque na verdade essa matéria tem mais de um ano em estudo e foi me dada pelo então Presidente da Casa, Ver. Clovis Ilgenfritz, em três dias, para que fizesse essa tarefa. Com muito rigor fizemos a revisão, mas submeto aos meus colegas, com muito cuidado, para que examinem todas essas modificações que fazemos no Regimento. Com a máxima humildade eu estou aqui para me submeter a todas as ponderações e observações dos colegas. Não tenho a intenção de ver toda a matéria que examinei aprovada, absolutamente. Examinem com muito cuidado, porque é uma tentativa de abreviar as Sessões, trazendo para o seu início, como tem na Assembléia Legislativa, a Comunicação.

O que é a Comunicação? É a maneira com que o político, Vereador ou Deputado, faz a abordagem de um tema que acha muito importante para a Cidade de Porto Alegre, e se inscreve. Como vai ser feita a inscrição? Eu dei uma sugestão, eu dei o número de Vereadores, mas, na verdade, eu me submeto aqui à apreciação de todos os colegas, porque é do interesse de cada um. As opiniões vão divergir. Eu respondo e estou perfeitamente à vontade para receber qualquer Emenda, sugestão, observação e até qualquer reprimenda, até, mas desejo que isso seja abordado e não pretendia que fosse hoje, porque estamos ao apagar das luzes de uma Sessão Ordinária. O Ver. Guilherme Barbosa, Líder do PT, me observou de que um dia tinha que ser e hoje é o dia.

Se Deus quiser, pretendemos mudar as Sessões Plenárias, porque isso é muito importante para nós, porque o Vereador, no início da Sessão, antes da Ordem do Dia, terá a oportunidade de abordar os problemas da Cidade, não as pautas administrativas, aquilo que os Vereadores criam e até inventam. Na verdade, eu tenho a impressão que fabricamos muitos Projetos, fazemos Projetos como se fosse um campeonato de Projetos, e penso que os gritos da Cidade, a vontade dos grupos sociais que compõem esse grupamento fabuloso que é Porto Alegre, com mais de um milhão de habitantes, solicitam que tenhamos a oportunidade de dizer por eles o que a Cidade está sofrendo, o que ela precisa, ao que aspira, e não só ficarmos examinando pauta, pauta e pauta, que são assuntos administrativos. Nós temos que abordar os assuntos políticos, os anseios da sociedade. É essa a grande oportunidade e que seja no dia sete de maio. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PR nº 32/97.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, Ver. Pedro Américo Leal, acho extremamente justa a intenção de V. Exa. quando dá o seu parecer e quer restabelecer, na Casa, uma possibilidade de se ter uma discussão política um pouco maior, fazendo, por exemplo, com que o Grande Expediente e o Período das Comunicações, possam ser períodos valorizados dentro da Casa. Lembro que, algum tempo atrás, tínhamos, dentro do Regimento da Casa, o Grande Expediente começando as Sessões nas segundas e quartas-feiras, e tínhamos o período da Ordem do Dia, que vinha logo após, e que teve a sua ordem alterada exatamente porque, muitas vezes, em muitas Sessões, não conseguíamos votar Projetos aqui na Casa. As discussões feitas no Grande Expediente, no Período das Comunicações, no Período de Pauta, e as Comunicações de Líder consumiam praticamente a totalidade da Sessão e sabemos que é uma Sessão de quatro horas. Não sobravam espaços para votarmos os Projetos, e é por isso que, na última alteração que fizemos no Regimento, se não me engano foi uma Comissão presidida pelo Ver. Nereu D Ávila, fizemos essa alteração, colocando a Ordem do Dia para o início para, logo após o Período da Pauta, termos oportunidade de valorizar a Ordem do Dia e termos condições para votar os Projetos.

Vossa Excelência quando retorna essa discussão, faz com que nós possamos pensar novamente nessa composição da Sessão a fim de valorizarmos aquilo que é importante, a discussão entre as diversas Bancadas para resolver os problemas da nossa Cidade. Mas temos que colocar uma proibição no Regimento de utilizar praticamente todos os Grandes Expedientes, e todo o Período de Comunicação sempre fazendo homenagens. Todos nós, na verdade, temos vinculações com grupos, com instituições de nossa sociedade, e todos nós queremos fazer homenagens a essas instituições. O que estava acontecendo anteriormente? E agora até se conseguiu minimizar um pouco esse problema, mas se utilizava sempre o período do Grande Expediente e o Período das Comunicações para fazer homenagens, prejudicando as discussões dos problemas da Cidade. Ver. Pedro Américo Leal, tivemos problemas com o IPTU de 1991, e até agora não fizemos um debate com relação a essa questão que está causando prejuízo para a Cidade. Qualquer pessoa que, hoje, ingressar com uma Ação contra o Município poderá, de repente, receber um dinheiro que ele pagou em 1991; e nós, até agora, não discutimos esses problemas. V. Exa. tem razão, inclusive ouvi outros Vereadores manifestando-se no sentido de que temos de valorizar o Grande Expediente e o Período das Comunicações. Talvez não dê para valorizar os dois períodos, mas seria interessante se pudéssemos trazer o período do Grande Expediente as discussões. Já ocorre, hoje, uma certa limitação nas homenagens realizadas.

Acredito que esse processo que iniciamos há algum tempo, de fazer com que alguns Vereadores falem nas homenagens, para deixar um espaço para aqueles que quiserem fazer o debate político na Casa, ajuda muito, mas não podemos perder de vista que o grande momento desta Casa, até porque esta é uma Casa Legislativa, é o período da Ordem do Dia. Não podemos destinar um espaço qualquer para a Ordem do Dia, ela tem de receber um tratamento nobre. Assim como V. Exa., com muita razão, propõe um tratamento nobre para o Grande Expediente, temos também, Ver. Pedro Américo Leal, de destinar um horário nobre para a Ordem do Dia, porque esta Casa existe também com o objetivo de legislar. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Apregoamos uma Emenda que foi colocada pelo Ver. Isaac Ainhorn. É uma Emenda de Liderança, acrescentando-se, onde couber, o seguinte: (Lê.) “Fica facultado ao Vereador, e submetida ao Plenário a apresentação de até três Votos de Congratulações por mês. Sala das Sessões, 07/05/99. Ver. Isaac Ainhorn, Líder do PDT.”

Está apregoada a Emenda.

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra, para discutir o PR nº 32/97.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Nós entendemos que as alterações que se propõem ao Regimento da Casa são extremamente oportunas, desatreladoras, desengessadoras. Nós temos observado que a ideologia do Regimento conduz a tirar uma das facetas, talvez a mais importante da Casa, que é o debate político. Esta é uma Casa eminentemente política, é uma Casa que, pelo seu debate, encaminha para o conjunto da sociedade, reforçado agora pelo Canal 16 de televisão, exatamente a sua opinião, a sua posição política frente ao dia-a-dia político dos acontecimentos. O Grande Expediente terminou na Casa. Esta é a grande verdade! O grande espaço para o debate político ficou praticamente extinto do Regimento, tais as matérias e Projetos que entram na Casa. E não vamos discutir o mérito desses Projetos, mas eles terminaram extinguindo, de fato, o Grande Expediente. O Grande Expediente é uma disposição morta do Regimento. A Casa não experimenta mais o Grande Expediente. E, quando faz o tempo do Grande Expediente, faz para prestar esta ou aquela homenagem. Então, o Grande Expediente está extinto e, agora, pretende-se restaurar o Grande Expediente para que a Casa tenha, dentre outros mecanismos que vêm aqui alterados, uma maior mobilidade, uma maior movimentação no sentido de buscar os seus desideratos. Essa preocupação também ocorre hoje na própria Justiça, quando esta altera suas regras no processo, seja ele civil ou penal, para ver atendida a sua finalidade, ou seja, distribuir justiça. Queremos, com a alteração do Regimento buscar levar a opinião da Casa, o pensamento da Casa, a posição da Casa sobre as questões que angustiam as pessoas e que envolvem todos os interesses da Cidade, de resto, do Estado.

 

O Sr. Pedro Américo Leal: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Fico muito satisfeito porque V. Exa., assim como o Ver. Luiz Braz, está focalizando exatamente o objetivo dessas modificações, dessas mudanças que vão permitir que a parte política venha no início da Sessão. O que a Cidade está sentindo? V. Exa., como extraordinário Vereador, como homem afeito às lides do campo e também da política, deve sentir a vontade de dizer alguma coisa pelo povo. Se está acontecendo alguma coisa em Porto Alegre, nós queremos discutir. É o Líder quem fala, um Vereador qualquer não fala, pois ficamos comprimidos pela Pauta. Dou-lhe meus parabéns.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Agradeço o aparte de V. Exa. Lá fora, diríamos o seguinte: estamos precisando de rédeas. Rédea para andar, avançar, galopar, enfim, levar à Cidade, exatamente, toda esta problemática, pois o povo quer saber qual é a nossa posição, como se encaminham as questões. O nosso Regimento, disse inicialmente, esposou uma ideologia que tirava o grande momento da Casa, o momento do debate, que é o momento do Grande Expediente. Sou Vereador da 5ª Legislatura, lembro com saudades, com nostalgia dos tempos do Grande Expediente, onde se faziam os grandes debates, se colocavam as grandes questões, os Vereadores faziam trabalhos de fôlego, até porque, o tempo permite. Era o grande momento. As pessoas vinham à Câmara Municipal para assistir a esses debates que se travavam. Portanto, sou, plenamente, a favor dessas alterações que se processarão no Regimento da Casa. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir o PR nº 32/97.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, este é um momento importante para a Casa, apesar de estarmos discutindo um Processo que se refere ao nosso trabalho interno, mas que termina tendo uma repercussão para a Cidade, na medida em que, ao dinamizarmos o trabalho da Câmara, terá reflexo para a própria Cidade. Não se trata apenas de um assunto interno. Começa aqui, mas transborda para a Cidade.

É um Processo antigo, de 1997, tem dois anos e eu fui um dos Vereadores que baixei os olhos, assim como tantos outros, nessas modificações que tiveram o Ver. Pedro Américo Leal como relator. Existem vários assuntos muito importantes e interessantes; eu pretendo comentar todos eles, mas no tempo de hoje não será possível, mas tentarei seguir a ordem aqui colocada.

No item um, da proposta de modificação, já inicia colocando no nosso Regimento um critério, um conceito muito relevante, que tem a ver com a própria democracia. Aliás, conceito esse, já estabelecido no próprio Congresso Nacional e na Assembléia Legislativa, e a nossa Câmara de Vereadores, que tem dado tantos exemplos em outras situações de trabalho democrático, ainda não incorporou isso no seu Regimento. Trata-se de escrever, formalmente, que a composição da Mesa Diretora e das Comissões será feita de forma proporcional. Portanto, conforme o tamanho das Bancadas e que seja pluripartidário. Isso é absolutamente importante, porque temos que fazer com que o resultado do voto do eleitor repercuta internamente, nos espaços de administração da Casa.

No item dois, um aspecto interessante diz que é uma das tarefas do Presidente dirigir as Sessões, dirigir os trabalhos durante a Ordem do Dia, dela afastando-se apenas em caráter excepcional. Muitas são as tarefas do Presidente, que precisa, às vezes, se retirar, mas se ficar aprovado este dispositivo, o Presidente terá que colocar esse período na agenda dele e ficar aqui. Não é à toa, não é um castigo ao Presidente da Câmara. Na verdade é dar a importância que o cargo, quando o Presidente estiver nessa tarefa de dirigir a Casa, vai dar à Ordem do Dia. E a manutenção da presença do Presidente na Ordem do Dia é importante porque uniformiza os procedimentos, estabelece um procedimento único durante esse importante momento das nossas Sessões.

O item três refere-se à proporcionalidade das Bancadas nas Comissões.

O item quatro é um dispositivo que pretende agilizar algumas situações. Muitas vezes há demora nas indicações dos componentes das Bancadas nas Comissões especiais, sejam elas internas ou externas. Às vezes, por alguma razão, algumas Lideranças demoram na indicação da representação da sua Bancada, e acabam por atrapalhar o próprio trabalho dessa Comissão, que precisa ter agilidade; é um assunto que está acontecendo na Cidade, a Câmara tem que atuar rapidamente e a demora numa indicação pode esvaziar uma Comissão. Estabelecer um prazo razoável, que não é tão pouco tempo assim, vai fazer com que o problema desapareça.

Depois, adiante, o item cinco da proposta diz que em alguns casos o Presidente da Câmara ouvirá as Lideranças. Já temos, de certa maneira, uma tradição de o Presidente ouvir, conjuntamente, Mesa e Lideranças - o chamado Colégio de Líderes -, só que é hoje uma iniciativa do Presidente, quando ele tem essa visão democrática, digamos. Se a proposta vier a ser aprovada, passa a ser uma questão regimental, garantindo, de certa maneira, e dependendo de uma visão mais ou menos liberal do Presidente. Acho que isso é um aspecto importante do nosso Regimento.

Sr. Presidente, pretendo voltar a tratar desse tema em outra ocasião, porque existem muitos itens importantes e que vão melhorar muito o nosso trabalho. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra para discutir o PR nº 32/97, com a aquiescência do Ver. Cyro Martini que tem inscrição anterior.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu tenho entendimento de que, nesta luminosa manhã de sexta-feira, esta Câmara Municipal, de forma unânime, porque não há uma única voz discordante, resgata as suas raízes, as suas tradições melhores de ser o local emergente, nesta Cidade, do grande debate político.

O Ver. Pedro Américo Leal vem, ao longo desta Legislatura com a qual tenho a satisfação de privar com S. Exa., batendo nesta tecla. Conseguiu convencer todos os seus colegas como o Líder do PTB, Ver. Luiz Braz, o próprio Presidente da Casa, o Líder do PDT Ver. Isaac Ainhorn, as Lideranças do PSDB, do PPS, do PSB e do Partido dos Trabalhadores, no sentido de que venhamos alterar, além das outras modificações já discutidas e abordadas pelos Srs. Vereadores, aquilo que eu acho que é o âmago desse Projeto de Resolução, cujo relator foi o Ver. Pedro Américo Leal. Estamos tomando a decisão política, hoje, de fazer com que esta Casa volte a ter o grande debate político. Nós sabemos que é no período do Grande Expediente que há um tempo maior para o orador, há uma preparação do orador que, atualmente, fala do Projeto que está em pauta, ou encaminha um Requerimento que de uma hora para outra surge no debate sem que haja uma avaliação anterior, maior elaboração por parte do orador. A partir de agora, em ordem cronológica de nome, os Vereadores saberão quando irão utilizar a tribuna por oito minutos, e os demais Vereadores poderão aparteá-lo e haverá grandes debates nesta Casa, debate de fundo, debate político e que, ao final, fará com que venhamos a ter os consensos, venhamos a discordar, e que a maioria vença no debate. Mas essa decisão fará com que a Cidade tome ciência do que cada um de nós pensa e possa melhor avaliar o trabalho dos Vereadores. E eu tenho certeza que, a partir de agora, com o televisionamento das nossas Sessões, com a publicidade em torno do nosso trabalho e com a colocação do Grande Expediente logo após a Pauta, esta Casa será foco de debates políticos que repercutirão não só em Porto Alegre como em todo o Estado.

Estão de parabéns os Vereadores que buscaram esse consenso, porque, a partir da promulgação dessa alteração, a Câmara Municipal de Porto Alegre vai ser, definitivamente, o grande foco do debate político, não só em Porto Alegre como em todo o Rio Grande do Sul. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cyro Martini está com a palavra para discutir o PR nº 32/99.

 

O SR. CYRO MARTINI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, Senhores e Senhoras. Eu, de plano, gostaria de destacar uma preocupação que acredito que não seja estritamente pessoal, com relação às homenagens que nós propomos no curso do ano. Entendo que assegurar para cada um dos Vereadores apenas uma oportunidade durante o ano com relação a uma Sessão Solene e com relação a um Grande Expediente, me parece que é pouca a oportunidade, me parece extremamente reduzida a chance que se oferece ao Vereador para que ele possa, evidentemente com o espírito de justiça, promover as homenagens que julgar oportunas. No passado, exagerou-se ao solicitar inúmeras homenagens no curso do ano, mas eu entendo que agora estamos tomando uma providência descabida, parece-me que não corresponde àquela acertada. Oportunizar ao Vereador uma Sessão Solene por ano ou a utilização do Grande Expediente para uma homenagem durante o período legislativo, parece-me uma providência incorreta. Acredito que este Projeto que encaminha alterações no Regimento proporciona um campo adequado para promovermos alteração também com relação a essa modificação introduzida através de providência da Mesa Diretora. Acho que as alterações são adequadas.

De outra parte, eu também quero fazer coro a pronunciamentos anteriores, através dos quais ficou claro que esta Casa terá, depois das alterações, de antemão já plenamente aprovadas, a oportunidade de discutir com mais calma as questões de ordem política e questões de outra natureza, que interessem, sobremodo, aos nossos munícipes, através da alteração, passando, as manifestações do Grande Expediente, para período anterior à própria Pauta e à Ordem do Dia. A proposta é do Ver. Pedro Américo Leal, que se houve com muita argúcia, com muita oportunidade para oferecer essa alteração de vem ao encontro, tanto quanto sei, do desejo de todos os Vereadores, que poderão ter a oportunidade de discutir mais freqüentemente e cada um ter a oportunidade de se manifestar. Pois, hoje, me parece que as oportunidades estão muito à mão das Lideranças e aqueles que não têm Lideranças têm grande dificuldades de encontrar espaço para se manifestar.

Hoje, nós, afora o Plenário, onde sempre temos uma seleta assistência, além dos nobres e distintos pares, temos, também, a televisão, através do canal próprio da Câmara, onde temos que apresentar aos munícipes as nossas propostas, as nossas idéias a respeito dos nossos encaminhamentos e, dessa forma, podermos estar em ordem e perfeitamente atualizados em relação àqueles que cuidam do nosso trabalho. Aliás, esse canal da Câmara veio oportunizar aos porto-alegrenses um ótimo instrumento de fiscalização do trabalho daqueles que têm a incumbência, nesta Casa, de representá-los. Nós temos que, a partir do que, e com o que, encontrar caminhos mais adequados para podermos sempre trazer aqui, para todos, aquilo que pensamos, que encaminhamos. Por isso, é extremamente oportuna essa proposta do Ver. Pedro Américo Leal.

Insisto em que essas alterações propiciem também alterações com relação às homenagens, para que cada Vereador tenha a oportunidade, não ficando - a exemplo deste Vereador e do Ver. Pedro Américo Leal durante este ano - sem condições de proporcionar aquela justa homenagem que sempre proporcionamos às nossas instituições policiais, não podendo fazê-la porque já tínhamos comprometido os nossos Requerimentos em torno de homenagens e de Sessões Solenes. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para discutir o PR nº 32/97.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Folgamos em saber que esta Câmara consegue racionalizar os seus espaços, tanto físico, quanto de tempo, através de um trabalho muito bem-feito, onde muitas coisas passam a ter um novo ordenamento, para o qual devemo-nos adaptar. Considero como muito importantes, indiscutivelmente, os períodos do Grande Expediente e das Comunicações, onde os Vereadores podem ter um tempo maior e, principalmente, fazer um trabalho de dissertação e leitura da tribuna, porque a grande maioria dos nossos pronunciamentos são improvisados, pronunciamentos feitos apenas com base no talento do Vereador, sem que por trás tenha havido uma pesquisa, um trabalho de equipe, um maior aprofundamento e contribuição das experiências dos Vereadores para o esclarecimento de uma série de questões, inclusive científicas, que envolvem os assuntos. Hoje, por exemplo, fiz um trabalho de pesquisa sobre o Aterro Sanitário da Extrema. Escrevi o discurso, li rapidamente, e não consegui terminar o discurso. É um trabalho importante, uma denúncia que, se houver repercussão, vai exigir das autoridades uma providência e, no entanto, as coisas passam rapidamente, quando é importante para a discussão o aparte, quando é importante para a discussão o debate, com o contraditório e, mais do que isto, com opiniões de peso, com opiniões pesquisadas, e isto não fazemos nesta Câmara. Trabalhamos ao sabor das nossas emoções, trabalhamos, fundamentalmente, no momento, no improviso, quando, na verdade, o que fica é o trabalho de pesquisa, é o trabalho científico. Quero dar como exemplo o discurso do Ver. Juarez Pinheiro - que leu o discurso - , a respeito do paliteiro em Porto Alegre com as estações de telefones celulares. É muito importante esse tipo de trabalho, é uma contribuição muitas vezes com base científica que é trazida e se esclarece, inclusive, a população, porque nós temos, hoje, um meio de comunicação, o canal 16, da NET, onde podemos ter a divulgação que nós precisamos em assuntos que toda a população deve conhecer.

Por outro lado, eu vi, outro dia, o Presidente, em tempo especial, conceder cinco minutos a um partido e cinco minutos a outro, por contraditório, o que seria ideal nesta Casa, mas não estava no Regimento. Colocou o Presidente numa posição difícil, colocou a pessoa que fez a questão de ordem numa posição mais difícil ainda, e com razão, porque estava com o Regimento na mão. Mas o racional, o inteligente, seria, sim, a divisão do espaço para haver o contraditório. E esta é a Casa do contraditório. Se algum atrito acontece entre as pessoas, aqui, é porque existe a contradição. O questionamentos é fundamental no raciocínio das pessoas. Por isso, eu saúdo essa alteração e peço, inclusive, que na próxima Sessão seja votado o meu Projeto, que altera os tempos de Pauta Especial, o tempo de Discussão do Orçamento e dos planos orçamentários para Porto Alegre, que é de dez minutos e onde só quatro oradores podem-se inscrever. O meu Projeto altera para seis oradores, e acho que isso contribui para um debate maior, e que não fique apenas uma posição só caracterizada, uma vez que a caracterização de uma só posição muitas vezes não permite o contraditório. É fundamental esse tipo de mudança, porque me parece que nesta Casa, ou se ouve os dois lados, ou todos os lados da questão, ou, então, nunca vamos chegar à verdade que nós precisamos para legislar e para divulgar à população, porque a nossa função aqui é também uma função didática. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PR nº 32/99.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu quero saudar a discussão que aqui se realiza e que permite que se avizinhe o término da longa caminhada do Projeto de Resolução nº 32/97, que gerou uma comissão na Casa. Esta comissão, ao longo do tempo, trabalhou em cima da idéia de dinamizar o processo legislativo, de priorizar e qualificar o debate político da Casa. Observa-se em todo esse relatório, que é assinado prioritariamente pelo Vereador Pedro Américo Leal, que contribuiu com a sua experiência de parlamentar calejado nas lides políticas, se enseja uma série de “pequenas” grandes alterações. Por exemplo, a alteração de uma ou duas palavras muda uma série de situações que vão ocorrer aqui na Casa. Eu observo que se saúda principalmente a circunstância de que doravante nós vamos ter priorizado na ordem dos trabalhos da Casa, nas Sessões de segundas e quartas-feiras, o período do Grande Expediente, que praticamente desapareceu da vida deste Legislativo, na colocação em que se encontra, depois da Ordem do Dia que normalmente impede que ele se instale, restando a instalação do Grande Expediente em situações peculiaríssimas e particularíssimas, em que ele é colocado antes da Pauta, antes da Ordem do Dia, por decisão do Plenário da Casa, em função da necessidade de a Casa realizar através dele uma homenagem a uma entidade qualquer, ou a uma situação qualquer. Agora, essa recolocação que ocorre resolve dois tipos de problemas, Ver. Pedro Américo Leal, porque, até mesmo quando alguém entender de usar o Grande Expediente para fazer uma homenagem, não vai mais pedir para fazer alteração, o que ocorre quando essas situações se realizam. Ele não vai precisar constranger a Casa para promover a alteração para que os convidados da pessoa, do Vereador, do colega, não permaneçam sentados, aqui, no auditório, constrangidamente, aguardando que se proceda ao debate normal da Casa para só então eles terem a oportunidade de assistir a homenagem para a qual foram convidados, muitas vezes até sem pedir; muitas vezes até, comparecendo aqui num gesto de elegância, num gesto de respeito à Casa, porque até é num horário que conflita com as suas atividades normais. Então, eu vejo, Sr. Presidente, no aspecto particular, esse aspecto ultrapositivo que, evidentemente, dá o condão e permite que adentremos a um trabalho sério que foi feito, que merece algumas correções, que tem algumas Emendas que certamente terão que ser destacadas e, à medida que forem destacadas vão poder ser melhor debatidas, não é Ver. Elói Guimarães?

É pena que tenhamos só cinco minutos para debater todo esse processo, só de Emenda temos aqui, alguma coisa em torno de doze Emendas, que foram propostas, mais até e, evidentemente, cada uma dessas emendas enseja uma enorme discussão, justifica uma enorme discussão. Eu pego, aleatoriamente, aqui, por exemplo, uma do Ver. Clovis Ilgenfritz, Paulo Brum e Guilherme Barbosa. “Propõe nova redação ao Parágrafo 2º do artigo 228, com redação dada pelo vinte e sete. Não há prejudicialidade, o artigo nº 228 diz no parágrafo 2º, (Lê o artigo nº 228.) que é o que ocorre hoje. E basicamente resolve algumas situações que, normalmente, são informalmente resolvidas e geram algumas situações que são, indiscutivelmente, desagradáveis e que não têm a transparência que as coisas devem ter aqui na Casa. Então, cada capítulo encerra uma realidade especifica e justifica até o entusiasmo com que todos compareceram na tribuna.

Vamos votar a matéria. Na segunda-feira finalmente a Casa vai votar as conclusões da Comissão, o relatório do Ver. Pedro Américo Leal e propiciar algumas alterações no Regimento da Casa que a experiência do dia-a-dia está a recomendar, entre as quais o restabelecimento do Voto de Congratulações, que é capitis diminuto desta Casa, que diminuiu sua atividade com a predisposição de evitar excessos e acabou fazendo outro excesso.

Aliás, há um cuidado que eu peço que a Casa tenha: não vamos, para cometer algum tipo de excesso, permitir que outros excessos mais gravosos sejam colocados. Não vamos mais permitir que isso ocorra. Então, cuidado na votação de algumas Emendas. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Apregôo as Emendas nºs 17 e 18 ao PR 032/97.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Luiz Braz, o Requerimento do Ver. Elói Guimarães solicitando o adiamento da discussão do PR nº 032/97 por uma Sessão. (Pausa.) (Após a chamada.)Votaram 12 Vereadores, não há quórum.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 12h09min.)

 

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